quarta-feira, 11 de setembro de 2013
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Serve dor?
Nossa. Estou aqui parado a horas nesse mundo e nada acontece. Quem merece tanta ausência e nenhum fato? Eu, um rato olhando pra ratoeira. Me perguntando se morreria na segunda ou na primeira vez em que ela disparasse. Não sei o que fazer com essa tonelada de tempo sobre minha coluna nada social. Presente ou castigo? Nem ligo. Não mudaria em nada mesmo. Ou melhor, o nada não mudaria de mim. Que mundo é esse, meu deus? É seu? Não? De quem é? Essas pessoas todas me olhando, mas que não me vêem. Não falam. Quantas páginas, mais uma, outra e outra. Nada acontece. Todos parecem estar aqui, mas ninguém aparece. O sol desce, a lua sobe, e a luz não muda, não escurece, fica tudo como esteve o dia inteiro. Um viveiro de gente morta. A porta não abre. O quarto não abre. A parede segura a rede. Essa não cai. Se caísse poderia tudo mudar. Os carros sairiam de casa e poluiriam nosso ar. Buzinas, acidente. Ocidente e oriente. Nada e nada. Mas agora já sei. A culpa é da parede que não deixa a rede cair. Ou melhor, a culpa é do pedreiro que construiu a parede. Quer dizer, a culpa é do engenheiro que planejou essa construção. Ou do homem que mexeu o cimento, ou da empresa que produziu o cimento, ou de quem comprou o cimento. Ah, lamento. Mas não te suporto mais mundo. Pronto, me desconectei de você. Por hoje, adeus INTERNET.
Salvem a Ama-zona!
Salvem o Perneta Terra!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
O fabuloso destino de Elair por lá e a imprensa por cá.
Cinco. Trinta e dois. Cento e dez. Trezentos e vinte e dois. Quem dá mais? Ouvi quatrocentos? Quinhentos e vinte. Vendido! Está encerrado por hoje o leilão dos mortos.
Chega o ponto onde a imprensa passa a não só cobrir os fatos, mas também a nos cobrir com tais. Uma enxurrada da mesma noticia. Quanto mais trágico melhor. Nossa! Aquele ângulo daquela dor. Viu? Fantástico. Mais dez pontos na audiência e doze na testa da imagem que aparece na tela, ferida, em quadro, enquadrada em um crime bárbaro. Bárbara foi pega em flagrante por viver em paz. Que horrível! Um ato não-perecível, como os alimentos que chegam de helicóptero, junto com as câmeras full-HD e suas lentes que miram as mentes desse gente. E a gente? Assiste. Resiste. Até se comove, mas logo vem o Big Brother. Quem será o líder?
P.S.: Nossos governantes deveriam ler “Crônicas de uma morte anunciada”, de Gabriel Garcia Márquez. Acho que seria útil.
Salvem a Ama-zona!
Salvem o Perneta Terra!
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Poliopolítica

Essa é a doença provocada pela imundice da política. Não, não. Não aquela atrelada aos discursos que, infelizmente, já estamos acostumamos a ouvir, ou aos atos dignos de um balde de merda, mas sim a poluição que salta aos olhos e assalta a vista, à prazo. A que divide os espaços urbanos com as árvores, os passáros e...e... quem mais meu Deus, acho que estou esquecendo de alguém... Ah, sim, nós os seres humanos. Mau. Mal começou a campanha e já damos de cara com uma infinidade de rostos que nunca vimos, e possivelmente continuaremos sem ver, mesmo que eleitos, a não ser que se envolvam em um escandalo escabroso, fora isso, anonimato até os próximos 4 anos. Nomes, números, cores, bandeiras, buzinaço, panfletos, partidos, promessas, chapas... Nossa, fiquei chapado. É muita sujeira no cabeçote do juízo. Fede aos olhos tanta desinformação. Quando junta com os milhares de outdoors, placas, fachadas... Uhuuu! To doidãão. É uma piração só.
Placonheiro 1
- Pô doido, viajei naquele ali: Robencio, número 171, do partido do PCC, da Coligação “Em busca da bala perdida”- PCC – FARC – HIZBOLÁ - IRA.
Placonheiro 2
- Pô, lombrei total. Passa aê vei.
Placonheiro 1
- Só...na mente.
Placonheiro 2
- Ei, mistura com aquele outdoor ali ó: “Emagrecimento rápido”.
Placonheiro 1
- Uhúúú! Bota pa gerar.
“Ala la ôôôôô...mais que horrô ôôôô”
Salvem a Ama-zona!
Salvem o Perneta Terra.
sábado, 17 de abril de 2010
Ave Maria cheia de graxa.
Ave Maria cheia de graxa.
Bendita é tua voz em meu ouvido.
Bendita é tua mão em minha cabeça.
Bendito é teu manto no meu pranto.
Bendito é o canto que vem do mar.
Maldita é a morte que vem me cantar.
Malditos são meus ouvidos que teimam em ouvir.
Maldita é minha cabeça que não para de cantá-la.
Maldito é meu pranto que não para de escorrer.
Vou correr! Vou correr! Eu não posso, eu não posso! Ave Maria cheia de graxa. Não se perde de mim. Me acha. Ave Maria cheia de graxa! Bendita sós voz no meu mundo. Ave Maria cheia de graxa! Bendita! És a voz dos mudos!
Salvem a Ama-zona!
Salvem o Perneta Terra!
domingo, 14 de março de 2010
Demencia

Tomara Clarice, que, ao voltares da Espanha, consigas a façanha de vê-la de pé. É preciso ter mais que fé. Um café ajudará a aliviar esse frio. Se for descafeinado, melhor, vai combinar com tudo por aqui. Com o desumano, o desmantelo e principalmente com o desnecessário. Força na camisa. Um gardenal, um rivotril. Pronto, ta tudo cor de anil. Quanto à puta, essa nunca mais pariu. Disseram que é protesto. Amanhã vou lá ver, atesto e te escrevo. Detesto notícia pela metade. (...) Ih, fui lá hoje. É verdade.
Tomara Yelena, que Deus tenha pena, cocar, tambor e amor pelas criaturas que criou. Que conserve em banho-maria a ave e a graça. Que encere o chão com graxa e encene sobre ele a Paixão dos homens.
Caso contrario...
Tomara Yelena que gostes da tua cor morena. Por que a partir de agora, sombra será um problema. “As árvores somos nozes”. Ouço vozes, mas de quem? Ouves também? É difícil, não me resta mais nem um vintém pra suborná-lo. Esse fundo não tem mais poço. Tento rezar, mas minha fé ta só o osso.
Ai! Meu pescoço. Acho que me injetaram algo. Minha vista ta embaçada. Desgraçada!
Corram...corram, procurem abrigo. Esqueçam do umbigo, ele já se foi. Ao redor da morte, o que respirar é sorte.
Tomara Irene... Tomara Clarice... Tomara Yelena. Tamarineira.
Salvem a Ama-Zona!
Salvem o Perneta Terra!
segunda-feira, 1 de março de 2010
Fé e rias...
